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Criado em 30 de março de 2005 |
Não confundir o site do Terço dos Homens :
www.tercodoshomens.com.br
com o
www.tercodoshomens.org.br
que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
86 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade"
(1ª Tm. 3, 15), guarda fielmente a fé uma vez por todas
confiada aos santos (cf. Jd. 1, 3). É ela que conserva a
memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de
geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como
uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a
compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na
compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja
Católica)"
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4. Hermenêutica |
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1. Conceito
A palavra 'hermenêutica' vem do verbo
'hermenêuein' (interpretar). E esta interpretação
foi entendida diversamente através dos tempos. Por isso,
temos três tipos de exegese:
- l. rabínica;
- 2. Protestante,
- 3. católica.
2. Exegese Rabínica
Os judeus interpretavam a escritura ao pé da letra, por
causa da noção de inspiração que tinham. Se uma palavra
não tinha sentido perceptível imediatamente, eles usavam
artifícios intelectuais, para lhes dar um sentido,
porque todas as palavras da Bíblia tinham que ter uma
explicação. O exemplo do paralítico é antológico: ele
passara 38 anos doente. Por que 38? Ora, 40 é um número
perfeito, usado várias vezes na vida de Cristo (antes da
ressurreição, no jejum) ou também no AT (deserto,
Sinai). Dois é outro número perfeito, porque os
mandamentos (vontade) de Deus se resumem em "2":
amar Deus e ao próximo. Portanto, tirando um número
perfeito de outro, isto é, tirando 2 de 40 deve dar um
número imperfeito (38) que é número de doença...
Alegoria pura: neste sentido se entende a condenação de
certas teorias que apareceram e eram contrárias à Bíblia
(caso de Galileu). Assim era a exegese antiga. No século
XVIII, o racionalismo fez o extremo oposto desta
doutrina: negaram tudo que tinha algum aspecto de
sobrenatural e mistério, e procuravam explicações
naturais para os fatos incompreensíveis, assim por
exemplo, dizendo que Cristo hipnotizava os ouvintes e os
iludia dizendo que era milagre. JC não ressuscitou, mas
ele apenas havia desmaiado na cruz, e quando tornou a si
saiu do sepulcro... Talvez não o fizessem por maldade.
Era por princípio filosófico.
A Igreja primitiva herdou muito do rabinismo, no início,
mas depois se libertou. Começaram por ver na Bíblia
vários sentidos: literal, pleno e acomodatício. Literal:
sentido inerente às palavras, expressão pura e simples
da ideia do autor; Pleno: fundado no literal, mas que
tem um aprofundamento talvez nem previsto pelo autor.
Deus pode ter colocado em certas palavras um significado
mais profundo que o autor não percebeu, mas que depois
se descobre. Deus, como autor, fez assim. A palavra do
profeta se refere a uma situação histórica; a palavra de
Deus se refere ao futuro. Acomodatício: é a acomodação a
um sentido à parte que combina com as palavras. É a
Bíblia aplicada à realidade apenas pela coincidência dos
textos. Por exemplo, em Mt. se lê "do Egito chamei
meu filho"... para que se cumprisse a Escritura. Mas
o sentido, ou seja, a aplicação original deste trecho
não se referia à volta da Sagrada Família, mas sim à
saída do Povo do Egito. Esta acomodação foi explorada
demasiadamente pelos pregadores, que até abusaram disto.
Outro exemplo de acomodação é a aplicação a Maria dos
textos do livro da Sabedoria. Estes são mais literatura
que Escritura. Todavia, crendo-se na inspiração,
aceita-se que as palavras do autor podem ter uma
significação mais profunda que a original.
3. Exegese Protestante
Surgiu do protesto de alguns cristãos contra a
autoridade da Igreja como intérprete fiel da Bíblia.
Lutero instituiu o princípio da "scritura sola"
(traduzindo, a escritura sozinha), sem tradição, sem
autoridade, sem outra prova que não a própria Bíblia. A
partir daquele instante, os Protestantes se dedicaram a
um estudo mais acentuado e profundo da Bíblia,
antecipando-se mesmo aos católicos. Mas o princípio
posto por Lutero contribuiu para um desastre
hermenêutico, pois ele mesmo disse que cada um
interpretasse a Bíblia como entendesse, isto é, como o
Espírito Santo o iluminasse.
Isto fez surgir várias correntes de interpretação, que
podem se resumir em duas: a conservadora e a
racionalista. A conservadora parte daquele princípio da
inspiração = ditado, em que se consideram até os pontos
massoréticos como inspirados. Não se deve aplicar
qualquer método cientifico para entender o que está
escrito. É só ler e, do modo que Deus quiser, se
compreende. A racionalista foi influenciada pelo
iluminismo e começou a negar os milagres. Daí passou à
negação de certos fatos, como os referentes a Abraão.
Afirmam que as narrações descritas, como provam o
vocabulário, os costumes, são coisas de uma época
posterior, atribuído àquela por ignorância. Esta, teoria
teve muito sucesso e começaram a surgir várias 'vidas'
de Jesus em que ele era apresentado como um pregador
popular, frustrado, fracassado...
Outros ainda interpretavam o Cristianismo dentro da
lógica hegeliana: São Paulo, entusiasmado, teria feito
uma doutrina, que atribuiu a J C (tese); depois São
João, com seu Evangelho constituiu a antítese;
finalmente São Marcos fez a síntese. Hoje, porém, se
sabe que Marcos é o mais antigo. Estes intérpretes se
contradizem entre si, o que provocou uma certa
desconfiança. Por fim, a própria arqueologia, em auxílio
do Cristianismo, veio provar com a descoberta de vários
documentos históricos que a Bíblia tinha razão: aqueles
costumes, aquele vocabulário era realmente daquela
época, inclusive o uso dos nomes Abraão, Isaac também
eram comuns no tempo. Isto e outras coisas serviram para
desmentir tais ideias iluministas.
4. Exegese Católica
Inicialmente, apegou-se muito aos métodos tradicionais:
usava mais a tradição e menos a Bíblia. Mesmo no século
XIX, a tendência era ainda conservar a apologética, a
defesa da fé. Foi o Padre Lagrange quem iniciou o
movimento de restauração da exegese católica. Começou a
comentar o AT com base na crítica histórica. Mas foi
alvo tantos protestos que não teve coragem de continuar.
Em seguida, comentou o NT, e ainda hoje é autoridade no
assunto. A Igreja Católica custou muito a perceber o seu
atraso no estudo bíblico, e até bem pouco tempo ainda
afirmava ser Moisés o autor do Pentateuco, quando os
protestantes há mais de um século já descobriram que
não.
O primeiro passo da nova exegese da Igreja Católica foi
dado por Pio XII, em 1943, com a encíclica DIVINO
Afflante Spiritu, na qual aprovou a teoria dos vários
gêneros literários da Bíblia. Depois, em 1964, Paulo VI
aprovou um estudo de uma comissão bíblica a respeito da
história das formas (formgeschichte). E hoje em dia,
tanto os exegetas católicos como os protestantes são a
favor desta, e qualquer livro sério sobre o assunto traz
este aspecto. Protestantes citam católicos e vice versa,
sem nenhuma restrição. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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