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Criado em 30 de março de 2005 |
Não confundir o site do Terço dos Homens :
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que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
86 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade"
(1ª Tm. 3, 15), guarda fielmente a fé uma vez por todas
confiada aos santos (cf. Jd. 1, 3). É ela que conserva a
memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de
geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como
uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a
compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na
compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja
Católica)"
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5. História das Formas e Gêneros
Literários |
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1. História das Formas ("Formgeschichte")
É o padrão da exegese moderna. Em geral todo método
exegético moderno aborda os seguintes tópicos:
a) critica textual - se os manuscritos originais
desapareceram ou nunca foram encontrados, como se sabe
se o texto atual corresponde ao original? Até que ponto
é fiel? Em 1008, foi encontrado um manuscrito básico
para a edição da melhor bíblia hebraica que se tem hoje.
Está no museu de Leningrado. Mas, questiona-se: por
quanto tempo o livro foi sendo recopiado, e foi
adquirindo erros de escrita? Muitas vezes, vários
manuscritos (cópias) de um mesmo livro trazem palavras
diferentes. E por que tanta fé neste manuscrito?
O manuscrito mais antigo (até pouco tempo) do AT era
composto de fragmentos de um papiro do I ou II século
a.C. Os beduínos acharam às margens do Mar Morto vários
manuscritos datando do II século a.C. e há alguns, como
o livro de Isaías, cujo texto é quase completamente
igual ao que temos. A Bíblia original (copiada) data do
século II d.C. Os rabinos tinham muito cuidado em
transmitir a doutrina, e procuravam unificar os textos.
Os textos velhos eram colocados em lugares onde ninguém
podia mais usá-los, chamados gezidas. Numa destas
gezidas foi encontrado um documento do ano 800,
aproximadamente, do qual aquele de 1008 é cópia. A
diferença entre ambos é pouquíssima. Ora, se a nossa
Bíblia é a tradução daquele manuscrito, considerado
autentico, aquela Bíblia é a melhor.
b) 'sitz in leben'- Há livros que antes de serem
escritos, foram passados oralmente por várias gerações.
Cada manuscrito que serviu para a composição de um texto
tem uma história diferente. Por isso eles dividem as
perícopas e estudam as tradições e fontes delas. E como
o manuscrito chegou a esta fonte? Deste estudo se deduz
a 'sitz in leben' (situação na vida) deste
manuscrito no gênero literário. A 'sitz in leben'
que este gênero literário tem na comunidade; a 'sitz
in leben' desta comunidade na história.
c) história da redação - Por que há certas palavras a
mais ou a menos nos Evangelhos? Isto varia com a
'sitz in leben' do manuscrito. Quem determina, isto
é, a crítica literária. Tudo isto dentro do estudo da
história das formas.
2. Principais Gêneros Literários
da Bíblia
Dividem-se assim os diversos gêneros literários
encontrados na Bíblia:
a) Narrativo: histórico e didático
b) Legislativo
c) Sapiencial
d) Profético
e) Cânticos
a) Nrrativo-didático: mito, saga,
legenda, conto, fábula, alegoria, parábola
l. mito - conto que se passa com deuses, ou cujos
personagens são os deuses. Têm tonalidade solene e são
originários de círculos politeístas. A mitologia
babilônica, por exemplo, muito influenciou no povo de
Israel, que sempre foi monoteísta. Isto se vê nos salmos
103, 6-9; 17, 8-16; 88, ll e nos proféticos: Job. 26,
l2. Nos livros históricos, a influência é mais velada.
Mas a árvore da vida do Gênesis já existe num poema de
Gilgames (de origem Babilônica): um herói perguntou a um
seu antepassado que era deus, onde ficava a árvore da
vida. Ele a encontrou no fundo do mar, e levou um ramo
para plantar. Tendo sede, foi beber num poço e uma
serpente levou o seu ramo. A história do dilúvio tem uma
similar na cultura babilônica. É o caso de uma deusa que
era amada ao mesmo tempo por um deus e por um homem.
Então para matar o homem, o deus mandou o dilúvio.
O importante a se notar nisso tudo é que, ao ser
transcrita para o livro sagrado, o autor purifica a
lenda, tirando as características politeístas e
servindo-se da cultura popular para levar uma mensagem.
A árvore da vida, na bíblia, significa que o homem foi
criado para não morrer. Na sabedoria babilônica,
explicam que o mundo nasceu de uma briga dos deuses. O
deus vencido foi partido ao meio. De uma metade fez o
deus vencedor o céu; de outra fez a terra. Depois pediu
a um deus artista que fizesse o homem com o sangue
apodrecido do deus vencido. Por isso, o homem e o mundo
são maus do princípio. O autor sagrado aproveita-se
destes elementos, mas purificando-os e adaptando-os. A
tradicional briga dos anjos com Lúcifer existe num mito
fenício sob a forma de uma briga de deuses. A linguagem
mítica da bíblia, o antropomorfismo de Deus... tudo isto
tem origem desta inspiração na literatura exterior a
Israel.
2. saga - contos que se ligam a lugares, pessoas,
costumes, modos de vida dos quais se quer explicar a
origem, o valor, o caráter sagrado de qualquer fenômeno
que chama a atenção. A saga se chama etiológica quando
procura a causa de um fenômeno. Por exemplo, para
explicar a existência de uma vegetação pobre e espinhosa
na região sul ocidental do Mar Morto, surgiu a lenda de
Sodoma e Gomorra, a chuva de enxofre... A origem de
várias estátuas de pedra, formadas pela erosão é
explicada pela história da mulher de Ló, que foi
transformada em estátua. A narrativa de Caim e Abel é
outra, para explicar a origem de uma tribo cujos
integrantes tinham um sinal na testa. Explicavam que
Deus colocara um sinal em Caim para que ninguém o
matasse, e daí este sinal ficou para a descendência. O
próprio nome de Caim é inventado, porque a tribo tinha o
nome de cainitas e eles deduziram que seu fundador devia
chamar-se Caim.
A saga se chama etimológica quando é para explicar um
nome. Existe na Palestina uma Ramat Leqi (montanha da
queixada). Para explicar a origem deste nome eles
inventaram a estória de Sansão, um homem muito forte,
que lutara contra muitos inimigos usando uma queixada, e
os vencera. Depois ele jogou a queixada naquele monte,
que ficou c conhecido como monte da queixada. 0 caso das
filhas de Ló (Gn. 19) é uma história difamatória contra
os amonitas e moabitas, tradicionais inimigos de Israel.
(Amon e Moab significam 'do pai'). Outras sagas
da Bíblia: a de Noé embriagado; a briga de Labão com
Jacó (Gn. 31). A saga se chama heróica quando tem por
finalidade engrandecer a vida dos heróis do passado. O
valor da saga está na riqueza popular (folclórica) que
ela traz. Nem sempre há lição em cada uma. Mas a fartura
de detalhes que ela traz mostra a mentalidade do povo.
Seu valor é maior para a crítica literária.
3. legenda - distingue-se da saga porque se refere a
pessoas ou objetos sagrados e querem demonstrar a
santidade destes por meio de um fato maravilhoso.
Legendas na Bíblia há em Num 16,1 - 17,15: histórias a
respeito de Moisés; Dan. l, 2, 3, 4: sonhos de Daniel;
os milagres de Elias contra os sacerdotes de Baal; Gn.
28, 10: Jacó sonha com os anjos (pedra de Betel). É
comum nas legendas referir-se à lei ou objeto de culto.
A imolação de Isaac, que não deu certo, é para reprimir
um costume dos cananeus de imolar crianças, costume
proibido pela lei de Moisés. A serpente de bronze (Num.
21) se refere a uma serpente de bronze mandada fazer
pelo rei Manassés, que foi destruída por Javé. A
circuncisão (Gn. 17) é explicada assim: Deus apareceu a
Abraão para fazer aliança com ele e o pacto era a
circuncisão de todos os meninos no oitavo dia. Jos. 5, 9
e Ex. 12 e 13 falam da origem da Páscoa.
4. parábolas, fábulas, alegorias - parábola é uma
história comparativa, de sentido global (ex: 2º Sm. 12,
1-4); fábula é a narrativa que faz os seres inanimados
ou os animais falarem (ex: Juízes, 9, 7); alegoria é uma
história comparativa em que cada elemento tem um
significado particular (ex: Is. 5, 1-7). Há ainda o
apólogo, quando se trata da animação de objetos.
b) Narrativo-histórico - Difere do
didático porque pretende contar um fato acontecido
realmente. Há três tipos:
1. popular, onde ninguém sabe o fim da lenda e o começo
da história. É uma história primitiva, baseada em
histórias que corriam na boca do povo, um misto de
elementos verídicos e legendários acrescentados. Os
livros Josué e Juízes (550 a.C.) estão nesta categoria.
2. epopéia (nacional-religiosa) são histórias retiradas
da catequese do povo. Se bem que tenham elementos
acrescentados, todavia a mensagem pode ser considerada
autêntica. O exemplo mais típico deste gênero é a
narração epopeica da passagem do mar vermelho (Ex. 14).
A fuga de Israel do Egito está ligada a um fato
acontecido no tempo de Ramsés II. Ele foi um faraó que
empreendeu grandes conquistas, principalmente à procura
de escravos para trabalhar. Entre os povos submetidos
havia um grupo de judeus. Mais tarde, fraquejou a
vigilância, e muitos fugiram, inclusive muitos judeus.
Então eles empreenderam a fuga pelo deserto e se
aproveitaram de uma região onde havia um braço de mar
que secava durante a maré baixa para sair do território
egípcio.
Esta narrativa na Bíblia é contada com todos aqueles
retoques conhecidos. Mas se analisarmos bem, veremos que
na própria Bíblia, há duas citações do mesmo fato, e
cada uma conta diferente. São as duas tradições: a
javista, mais antiga e mais verdadeira, afirma que o
vento soprou durante toda a noite e fez o mar recuar; a
sacerdotal, mais recente, modificou a narração para a
divisão das águas em duas muralhas por onde todos
passaram em seco. Há uma certa contradição nestas duas.
Mas o que se deve concluir daí é que os soldados os
perseguiram na fuga e eles passaram na maré baixa.
Quando os soldados chegaram, a maré já subira e não dava
passagem. Enquanto isso, eles se adiantaram ainda mais.
Ao transcrever isto na Bíblia, o autor sagrado quer
mostrar o fato da presença de Deus em ajuda de seu povo,
através dos elementos da natureza.
3. historiográfico - é o trabalho dos escribas
encarregados de escrever as crônicas dos anais dos reis.
A partir destas crônicas vários livros foram escritos. 0
1º Reis, cap. 11, vers.41 cita os anais de Salomão; em
14, 19 afirma que o restante está nos livros das
crônicas dos Reis de Israel. São documentos de maior
credibilidade, porque são mais históricos. Somente a
partir do livro dos Reis, é que são usados documentos
escritos na época. Antes era apenas história popular.
c) Legislativo - É representado na Bíblia principalmente
no Pentateuco. Tem muito em comum com os outros povos
vizinhos e herdou muito deles. Há passagens na Bíblia
que são repetições do código de Hamurábi. Os povos
orientais são muito ricos neste tipo de literatura.
Quanto aos tipos de leis, há três: 1. leis causídicas:
pormenorizadas conforme as situações; 2. leis apodíticas:
universais; 3. leis rituais.
d) Sapiencial
Originou-se também dos povos vizinhos, principalmente a
partir do Exilio. São de origem profana e não religiosa,
pois as suas fontes também não eram religiosas. 0 povo
oriental é pensador por natureza e a sabedoria é uma
virtude muito difundida e apreciada. A sabedoria bíblica
não difere muito da sabedoria oriental em geral.
e) Profético
Também tem origem fora de Israel. Os povos da época
tinham seus profetas. Eles moravam nos palácios dos reis
e eram os que dialogavam com os deuses. É preciso notar
que naquela época profeta não era sinônimo de adivinho,
como às vezes se identifica. Eles manifestavam ao povo a
vontade de Deus com sermões, com sinais, exortações e
oráculos.
f) Salmos
Também tem influência externa (fora de Israel). Não são
todos de Davi. Apareceram conforme as necessidades.
Foram compostos sem sequência ou cronologia. São cantos
de louvor, de súplica.
- Principais Etapas da História de
Israel
O primeiro marco importante na história política de
Israel foi o exílio. Sua finalidade política era para
evitar a rebelião. Em geral, quando era conquistado um
povo muito numeroso, os conquistadores achavam perigoso
deixá-los em suas terras de origem, porque isso lhes
facilitava um trabalho oculto de rebelião para expulsar
os invasores. Então, longe de suas terras e sem uma
liderança, eles não podiam se movimentar. Os judeus
foram assim exilados para a Babilônia. 0 exílio teve
início no ano 587 e foi concluído com o edito de Ciro
que, em 538 conquistou a Babilónia e libertou os judeus.
Dizem os historiadores que a rivalidade entre judeus e
samaritanos começou na volta do exílio. O povo no exilio
ficou muito tempo em contado com vários povos
estrangeiros e adquiriu com isto um sincretismo
religioso que levaram para a Pátria. Ao retornarem à
pátria, logo eles empreenderam a reconstrução de
Jerusalém (casas, templo...), mas não se livraram
completamente das influências politeístas, causando
assim várias brigas internas.
O Sinédrio era a cúpula religiosa da nação, composta de
70 membros sob a presidência do Sumo Sacerdote, que
tinha autoridade suprema. Os fariseus e saduceus eram
partidos políticos, mas com inspiração religiosa. Os
primeiros eram da oposição e os outros, da situação. No
ano 63 a.C. a Palestina foi conquistada pelos Romanos,
iniciando outra era de dominação estrangeira, que
perdurou até o tempo de Cristo.
Cronologia Bíblica
- séc. XIX (1850 a.C.) - migração de Abraão.
- séc. XIII - libertação do Egito; êxodo (1225 a.C.);
aliança no Sinai
- séc. X - (1013 a 973 a.C.) - Tempo do Rei Davi. Foi
escrita a tradição javista (sul); (970 a 930 a.C.) -
Tempo do Rei Salomão. Foi escrita a tradição eloista.
(norte); (930 a.C.) - divisão dos reinos.
- séc. VIII (722 a.C.) - queda de Samaria para o
exército de Sargão II, Profetas escritores.
- séc. VII (586 a.C.) - queda de Jerusalém para
Nabucodonosor, rei da Babilônia; (538 a.C.) - edito de
Ciro, volta do exílio.
- séc. III (300) - tradução dos 70. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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