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O Primeiro - o número 1 na Internet.-
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Criado em 30 de março de 2005 |
Não confundir o site do Terço dos Homens :
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com o
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que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
86 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade"
(1ª Tm. 3, 15), guarda fielmente a fé uma vez por todas
confiada aos santos (cf. Jd. 1, 3). É ela que conserva a
memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de
geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como
uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a
compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na
compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja
Católica)"
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3. Origem e Formação da Bíblia
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1. Indícios e evidências
históricas
O período histórico da formação da Bíblia situa-se entre
1100 a.C. ou 1200 a.C. a 100 d.C. Provavelmente, a mais
antiga parte escrita da Bíblia é o Cântico de Débora,
que se encontra no livro dos Juízes (Jz. 5).
Quando os hebreus chegaram a Canaã, já havia na terra um
certo desenvolvimento literário, como por exemplo, o
alfabeto fenício (do qual se derivou o hebraico), que já
existia no século XIV a. C. Os judeus chegaram lá por
volta do século XIII a.C. Outro documento desta época é
o calendário de Gezér, que data mais ou menos do ano
1000 a.C. É uma indicação de datas para uso dos
agricultores. É o documento mais antigo encontrado na
Palestina. Outro documento também muito antigo é o
sarcófago do Rei Airam, que contém uma inscrição e foi
encontrado nos séculos XIV ou XV a. C., em Biblos. Há
ainda umas tabuletas encontradas em Ugarit (em 1929),
onde estão escritos uns poemas semelhantes aos salmos,
datando dos séculos XIV ou XV a. C.
Além destes, há outros documentos provando que já havia
uma escrita na Palestina, antes dos hebreus chegarem lá.
A inscrição do túmulo de Siloé (700 a. C.), explicando
como foi feito; os "óstracon", de Samaria, onde
há uma espécie de carta diplomática, são documentos que
provam a continuidade de uma atividade literária. Em
Juízes 8, 14, o autor descreve um acontecimento ocorrido
mais ou menos em 1100 a.C. E em que língua foi escrito
este fato pela primeira vez, na época em que aconteceu?
Provavelmente no alfabeto fenício (pré-hebraico).
2. A tradição oral e a tradição
escrita
A parte mais antiga da Bíblia remonta justamente deste
tempo (1100 a.C.), quando a escrita ainda não estava bem
definida, e é oral. Desde este tempo já se fora criando
uma tradição, que existia oralmente e era transmitida
aos novos pelos mais velhos nas reuniões que havia nos
santuários. Por este tempo, só eram relatados os
acontecimentos do deserto, do Sinai, da aliança de Deus
com o povo. Mas os jovens queriam saber o que havia
acontecido antes disto. Então foram sendo compostas as
histórias dos Patriarcas. Mas, e antes deles, antes de
Abraão? Passaram à história da criação do mundo. Por
isso, se afirma que a parte mais antiga da Bíblia é o
Cântico de Débora, no livro dos Juízes. A partir daí,
fez-se um retrospecto didático-histórico.
Como dissemos, estas histórias iam sendo passadas
oralmente de pai a filho, nos santuários. Acontece que
nem todos iam para os mesmos santuários, o que motivou a
existência de pequenas diferenças na catequese do norte
e na do sul. A tradição do sul foi chamada de Javista
(J), pois Deus era tratado sempre por Javé; a do norte
se chamou Eloista (E), porque Deus era tratado como
Eloi.
A tradição oral existiu até os tempos de Davi, quando
foi escrita a tradição javista; meio século depois, foi
escrita também a eloista. Por volta de 721 a.C., na
época, da divisão dos reinos, quando Samaria foi
destruída pelos assírios, muitos sacerdotes do norte
fugiram para o sul e levaram consigo a sua tradição. A
partir de então, as duas foram compiladas num só
escrito.
Falamos das duas tradições: uma do norte e outra do sul.
Mas não existiam apenas estas duas, que são as
principais. Há ainda a Deuteronômica (D), encontrada
casualmente em 622 a. C. por pedreiros, que trabalhavam
num templo. Corresponde ao livro Deuteronômio da Bíblia
atual. Após esta, surgiu a Sacerdotal (P), nova
compilação das catequeses antigas de Israel, datada do
século VI a.C. Ao fim, estas quatro tradições foram
combinadas entre si e compiladas em 5 volumes, dando
origem ao Pentateuco da Bíblia atual. Na tradição
Javista, Deus é antropomórfico. Na Sacerdotal, Deus é
poderoso, está acima do tempo, o que significa um
progresso no conceito de Deus que o povo tinha. A
redação do Pentateuco se deu pelo ano 398 a.C. e
compreendia a primeira parte da Bíblia judaica.
A partir de Josué, a tradição continuou oral, para ser
escrita somente por volta de 550 a.C. E foram escritas
do modo como o povo contava. Por isso não se pode dar a
mesma importância histórica aos fatos descritos nestes
livros em relação a outros posteriores, pois alguns
fatos narrados foram baseados na tradição popular,
enquanto que outros foram baseados em documentos de
arquivos (anais do Reino). Este é um grande desafio para
os estudiosos e também uma fonte de divergências.
3. Os Intérpretes - Profetas e
Sábios
Durante muito tempo, os profetas foram os orientadores
do povo de Deus. Os livros proféticos resumem os seus
ensinamentos, e na sua maioria foram escritos só mais
tarde, por seus seguidores. Somente por volta do ano 200
a.C. é que foram redigidos os livros proféticos. Os
livros Sapienciais foram o resultado de um estilo
literário que esteve em moda durante muito tempo, na
época posterior ao exílio. São umas reflexões
humanístico religiosas. Passados os profetas, surgiram
os sábios que raciocinavam sobre as coisas da natureza,
tirando delas ensinamentos para a vida. Foram
acrescentados aos livros sagrados nos últimos séculos aC.,
sendo os mais recentes livros do AT.
4. A nova tradição da era cristã
O NT não foi escrito com a finalidade de ser
acrescentado à Bíblia. No tempo de Cristo e dos
Apóstolos, o livro sagrado era apenas o AT. O próprio
Jesus Cristo se baseava nele em suas pregações. E Ele
mandou apenas pregar, e não escrever. Foi quando uma
nova tradição oral foi se formando. E após a morte de
Cristo, os apóstolos saíram pregando.
Mas veio a necessidade de congregar outras pessoas para
o anúncio, em vista do grande número de comunidades
existentes. Então, começaram a escrever. Mais tarde, com
a aceitação também de cidadãos estrangeiros nas
comunidades, a mensagem precisou ser traduzida e
adaptada. Além disso, o próprio povo necessitava de uma
escrita (doutrina escrita) para se conservar una, após a
morte dos Apóstolos. Esta redação, no início, era apenas
de alguns escritos esparsos, que só depois de algum
tempo foram juntos em livros. Exemplo disso está em Mc.
2, uma série de disputas de JC com os Judeus, onde se vê
claramente que foi recolhida de escritos separados.
Também em João se lê: “muitas outras coisas Jesus fiz
que não foram escritas..." (Jo. 21, 24) Isto
significa que só foram escritas aquelas mensagens que
teriam utilidade, conforme as necessidades momentâneas.
O evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, data
dos anos 60 ou 70 d.C.; os de Lucas e Mateus, são de 70
ou 80, o que significa que somente após uns 40 anos da
morte de JC sua palavra começou a ser escrita. 0
Evangelho de João só foi escrito em torno do ano 100
d.C. Antigamente, se acreditava ser Mateus o autor do
primeiro Evangelho. Mas a crítica histórica mostra que o
de Marcos foi anterior. Aliás, a respeito deste
evangelho de Mateus, não se sabe ao certo quem é o seu
autor. Foi atribuído a Mateus, apenas por uma tradição e
também por uma praxe da época de se atribuir um escrito
a alguém mais conhecido e famoso, para que a obra
tivesse mais autoridade.
5. Entendendo algumas dificuldades
concretas
Durante o tempo anterior à escrita dos Evangelhos, havia
apenas a pregação dos Apóstolos, recordando os fatos da
vida de Cristo, todavia eram fatos esparsos, sem nenhuma
preocupação com sequência ou unidade. Por isso os
Evangelhos, que foram esta pregação escrita, se
contradizem em algumas datas, o que mostra a pouca
importância dada à cronologia. Os fatos eram recordados
e aplicados, conforme as necessidades. Assim, até entre
os Evangelhos sinóticos, que seguiram a mesma fonte, há
diversificações. Por exemplo, no Sermão da Montanha, em
Lucas fala "bem aventurados os pobres"; e em Mateus,
"bem aventurados os pobres de espírito". A diferença
consiste no seguinte: Lucas deu um sentido social, mais
importante para as comunidades gregas, para as quais
escrevia. Mas o de Mateus destinava-se às comunidades
judias e queria combater uma doutrina dos judeus que
tinham uma ideia falsa de pobreza. Para eles, o próprio
fato de a pessoa ser pobre, já lhe garantia a salvação,
enquanto outra pessoa, pelo simples fato de ser rica, já
estava condenada. Por causa disso ele escreveu
"pobres de espírito".
Outro ponto de discordância é o caso da cura de um cego.
Mateus diz "um cego, na saída de Jericó"; e Lucas "dois
cegos, na entrada de Jericó". 0 fato da 'entrada' e
'saída' pode ser explicado pela existência de duas
cidades chamadas Jericó. 0 fato de serem um ou mais
cegos explica-se pelo seguinte: era comum naquele tempo
os cegos formarem grupos em torno de um cego-líder; e o
nome deste geralmente era o do grupo. No entanto, estes
detalhes pouco importam ao evangelho. 0 seu interesse é
a apresentação da mensagem (evangélion = boa nova).
6. A fonte comum
Os Evangelistas sinóticos se basearam no Evangelho de
Marcos e noutra fonte, convencionada por fonte "Q",
simbolizando os inúmeros escritos esparsos de que já
tratamos. Espalharam cópias destes por outras partes do
mundo. Lucas, Mateus, cada um em lugares diferentes, se
inspiraram nos escritos disponíveis e inclusive no
evangelho de Marcos, que na época já havia sido escrito.
O fato do primeiro Evangelho ser atribuído anteriormente
a Mateus se deve a uma afirmação de Eusébio de que
Mateus escrevera a "logia" do Senhor em aramaico. Mas a
crítica histórica provou que o Evangelho que conhecemos
não traz apenas a "logia" do Senhor e não foi escrito em
aramaico, e sim em grego. Portanto a notícia de Eusébio
se refere a outro escrito, e não a este evangelho. Nada
impede, porém, que tenha sido escrito por discípulos de
Mateus e atribuído ao Mestre. Aliás, a respeito de
"Evangelho", o primeiro a usar esta palavra para
indicar as memórias dos Apóstolos foi S. Justino, em 130
d.C.
7. As Cartas
As cartas de Paulo foram enviadas para serem lidas em
público. Em 1ª Tes. 5, 27 há uma alusão a isto. Havia
também o intercâmbio das cartas, como se lê em Col 4,16:
"mostrem esta carta para Laodiceia e tragam a de lá
para vocês". Aos poucos as cartas foram
colecionadas, e no fim do I século já se tem notícia
delas, quando em 2ª Pd. 3, 15 se lê: "...nosso irmão
Paulo vos escreveu conforme o dom que lhe foi dado... "
As cartas de Paulo foram os primeiros escritos do NT.
Não se sabe quando os Evangelhos e elas foram acoplados,
mas já no fim do I século estavam reunidos num só livro.
As Epistolas Católicas (universais) são chamadas assim
por se destinarem à Igreja em geral, e não a tal ou qual
comunidade, como fizera Paulo. Elas também se originaram
da necessidade pastoral, e já no começo do II século
estavam incorporadas aos outros escritos do NT. Os Atos
dos Apóstolos podem ser considerados a continuação do
terceiro Evangelho, pois também foi escrito por Lucas. E
o Apocalipse de S. João, livro profético, foi
acrescentado por último.
Nos escritos do NT, frequentemente se encontram citações
do AT. É que muitas vezes os Apóstolos queriam tirar
dúvidas sobre certas passagens, que tinham falsa
interpretação. Nas assembleias, eram lidos escritos do
AT e do NT, para explicá-los. Exemplo disto temos em 1ª
Tes. 4, 15; 1ª Cor. 7, 10. 25. 40; At. 15, 28; 1ª Tim.
5, 18; Lc. 10, 7.
8. O Cânon Sagrado
No século IV, a Igreja se reuniu em Concilio em Nicéia,
e uma das tarefas era organizar o "cânon", ou a
lista de livros sagrados considerados autênticos. Neste
Concilio, os livros foram estudados e se investigou
quais os que sempre foram lidos nos cultos e sempre
foram considerados legítimos. E se estabeleceu a ordem
ainda hoje conservada. O motivo pelo qual alguns livros
foram postos em dúvida era a grande quantidade de livros
apócrifos, que fazia com que se duvidasse dos
verdadeiros. Havia muitos livros que os judeus não
aceitavam. Então os Ss. Padres ponderaram os prós e
contras e definiram a lista que foi aprovada. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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