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O Primeiro - o número 1 na Internet.-
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Criado em 30 de março de 2005 |
Não confundir o site do Terço dos Homens :
www.tercodoshomens.com.br
com o
www.tercodoshomens.org.br
que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
86 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade"
(1ª Tm. 3, 15), guarda fielmente a fé uma vez por todas
confiada aos santos (cf. Jd. 1, 3). É ela que conserva a
memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de
geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como
uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a
compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na
compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja
Católica)"
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02
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Inspiração |
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Um dos principais conceitos a ser examinado para uma
melhor compreensão da Bíblia é o de inspiração. O que
significa dizer que os livros bíblicos são inspirados,
de onde vem está inspiração, até que ponto o que é
escrito representa a mensagem de Deus ou do hagiógrafo
(escritor sagrado)? Ao longo da história, os estudiosos
procuraram esclarecer este conceito básico e, é claro,
sempre houve divergências entre eles. Apresentamos aqui
algumas reflexões sobre este importante conceito.
Na inspiração distinguimos dois
aspectos: dogmático e especulativo.
O dogmático pode ser expresso como resposta à pergunta:
por que acreditamos que a Bíblia é um livro inspirado?
Isto não se pode provar pela própria Bíblia. Busca-se
então provar pelo fundamento histórico. Os evangelhos,
por exemplo, são históricos. Há uma tradição desde os
tempos dos Apóstolos que cita a Escritura como
autoridade divina (Mt. 1, 22; Mt. 22, 31; Mc. 7, 10; Jo.
10, 35; At. 1,16; Lc. 22, 37; Heb. 3, 7; 10, 15). Em 2ª
Tim. 3, 16, aparece pela primeira vez a palavra 'theopneustos',
ou seja, inspirada por Deus.
O especulativo pode ser expresso como resposta à
pergunta: em que consiste a inspiração? Este é mais
complicado e será exposto com mais detalhes.
a) Modo da inspiração.
É muito discutido o modo como se dá a inspiração do
escritor sagrado. Bañez afirmou que era um ditado. Mas
em II Mac. 2, 19-23, o autor se refere a um resumo de 5
livros em um só, cujo resumo lhe custou "suores e
noites de vigília". Como é que foi um ditado se
houve o esforço dele para elaborar a síntese? Do mesmo
modo Lucas (Lc. l, 1) escreve: "depois de haver
diligentemente investigado tudo desde o princípio,
resolvi escrever... ", logo não foi simplesmente um
'ditado' da parte de Deus.
Em reação à teoria do ditado veio outra que disse o
contrário: a inspiração é a aprovação que a Igreja dá ao
livro. O fato estar colocado no cânon é a garantia da
própria inspiração. Esta tese foi defendida por poucos e
não teve grande aceitação nos meios católicos.
O Cardeal Franzelin propôs uma nova fórmula: nem tudo é
de Deus nem tudo é do homem, mas as ideias são de Deus e
as palavras são do homem. Obteve um certo sucesso, mas
ainda não explicou de todo. Sto. Tomás de Aquino
propusera a teoria da "causa instrumental": são os dois
ao mesmo tempo - Deus e o Homem. Ambos estão presentes
em toda a obra. Um é o autor principal e o outro o autor
secundário. A inspiração eleva, sublima as faculdades do
autor. Pode até ser admitida esta teoria, entretanto,
convém lembrar que tudo que está na Bíblia é inspirado,
embora nem tudo seja revelado.
b) Funcionamento psicológico da
inspiração
Em II Mac, conforme mencionado acima, o autor se refere
a um resumo do livro que um certo Jazão escreveu. De 5
volumes ele reduziu a um só. Como dizer que isto é
palavra inspirada por Deus, como se explica aí a
inspiração divina?
Comecemos por analisar as operações do intelecto:
apreensão, juízo e raciocínio. Elas seguem um grau de
aprofundamento e refinamento do saber. Pode-se ter uma
inspiração de Deus logo no primeiro momento (na
apreensão), como se pode ter depois, no juízo ou também
nos dois. Quando a inspiração é logo na apreensão, se
diz 'revelação'. Quando, como no caso do II Mac, a
apreensão é do autor, a inspiração se dá no segundo
momento, ou seja, no juízo, enquanto na apreciação que
ele faz da obra está sendo iluminado pelo Espírito
Santo. Na confecção destes livros, a questão da
inspiração é que o autor estava iluminado pelo Espírito
Santo para dizer o fato corretamente, sem poder errar no
julgamento. Embora ele não esteja consciente disso, a
ação do Espírito Santo está sendo exercida no seu
intelecto.
Mas, pode-se questionar: como se sabe se ele foi ou não
inspirado quando nem ele mesmo pode perceber isso? Aí
passa a ser uma questão de fé. Tenta-se explicar o fato,
mas não se afirma que seja assim. O discernir se o livro
é ou não inspirado, dado o que acontece com o autor, é
alçada da Igreja, que também é inspirada pelo Espírito
Santo. É uma questão fundamentalmente de fé.
Por isso, para a definição dos livros autênticos,
reconhecidos pela Igreja Católica, os Cânones foram
aprovados em Concílios, nos quais se discutiram certas
dúvidas a respeito de alguns livros, se eram ou não
inspirados. Nas discussões, procurou-se ver na história
da Igreja, desde os cristãos primitivos até aquela
época, quais os livros que durante os séculos sempre
foram lidos nas Igrejas e, baseada no consenso, ela
constituiu o cânon. Sem dúvida, a tradição antiga é mais
fidedigna, pois está mais próxima dos tempos
apostólicos.
Mas, voltando ao conceito do juízo, ele pode ser
especulativo ou prático. Especulativo quando tem por fim
o verdadeiro; prático guando tem por fim o bem. No caso
de Jonas, por exemplo, o juízo do autor não foi
especulativo, mas prático. Jonas teve o sonho em que
Deus o mandava pregar em Nínive. Ora, raciocinou ele,
Javé é Deus de Israel, e não deve ser falado aos pagãos.
Então tomou o navio para outro lugar, e aí entra a
história da baleia... A finalidade do autor era
convencer a todos que Javé era o Deus universal, contra
uma certa corrente judia que negava fato, ou melhor, não
gostava da ideia.
Para se entender cada página da Bíblia deve-se ter em
mente a finalidade, a intenção do autor ao escrever cada
parte do livro. Não se pode abrir o livro em qualquer
parte e ler tudo com o mesmo espirito. Na antiga
concepção de inspiração (ditado) não se considerava este
problema. Tudo que lá estava se acreditava "ao pé da
letra". Não se podia duvidar. Mas esta é hoje uma
prática mais comum em algumas igrejas protestantes,
geralmente praticada por pessoas com conhecimentos
teológicos limitados e reducionistas.
Uma consequência direta da inspiração é o dom da
inerrância. Se o livro é inspirado, logo o que contém é
verdade. Porém está verdade não está ali imediatamente
evidente, ela precisa ser alcançada pela reflexão
animada pela fé, ou seja, a razão e a fé ajudando-se
mutuamente. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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