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Localização: Alemanha
Isabel
era princesa na Hungria, foi rainha na Alemanha, e se
fez santa na Terra e para o Céu.
Nasceu
no ano de 1207, e desde então já foi prometida em
casamento para o duque Ludwig da Turíngia, na Alemanha.
Cresceu e foi educada junto com o futuro marido. Ele a
amava sinceramente, e a apoiava nas suas iniciativas de
espiritualidade. Porém a sogra e demais parentes do
esposo tinham ciúmes e procuraram prejudicá-la por quase
toda a sua curta vida.
Embora
em nada descuidando do seu papel de esposa e mãe, o que
mais caracterizou Isabel foi a sua vida de
espiritualidade e particular caridade aos pobres. Como a
eles dedicava não só o próprio serviço, pessoalmente
lavando-os, alimentando-os e vestindo-os, mas também
utilizava dinheiro para as suas necessidades, a sogra
tentou indispor Ludwig, alegando que Isabel esbanjava as
riquezas da coroa. Numa ocasião, saindo ela com
alimentos para distribuir aos necessitados, ele a
questionou e ela disse que só levava rosas – esquecendo
ser inverno – e, ao abrir a sacola, de fato apareceram
rosas.
De
outra vez, a sogra o avisou de que Isabel estava a
cuidando de um leproso no seu próprio quarto, mas ao
entrar Ludwig encontrou sobre o leito Cristo
crucificado, em quem o leproso se transformara.
Apesar
das dificuldades, o casamento foi muito feliz. Ludwig,
porém, faleceu de peste, na Itália, quando ia para as
cruzadas na Terra Santa. Então a sogra e parentes do
marido a expulsaram da corte com os filhos, pretextando
de que ela esbanjava os bens da família, quando Isabel,
por causa de um período de carência de víveres na
região, sustentou pelos cofres públicos a centenas de
pobres.
Acolhida finalmente, sem nada mais ter, no Convento
Cisterciense de Ktizingen, onde uma sua tia era
Abadessa, Isabel decidiu confiar a seus parentes a
educação dos filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, e tomou
o hábito da Ordem Terceira de São Francisco.
Confrontados por companheiros de Ludwig nas cruzadas, os
seus irmãos, os príncipes, arrependeram-se, pedindo
perdão a Isabel e restituindo-lhe os bens. Ela, porém,
preferiu viver na pobreza, numa modesta residência em
Marburg, onde, com o valor da sua herança, mandou
construir um hospital.
Morreu em 1231, aos 24 anos: foi noiva aos 14, mãe aos
15 e viúva aos 20. Por causa dos milagres ocorridos no
seu túmulo, foi canonizada já em 1235, e declarada
padroeira da Ordem Terceira Franciscana.
Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho
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Reflexão:
Santa Isabel foi tão especial quanto singular foi a sua
vida, curta e responsável. Desde nova demonstrou
extraordinária espiritualidade, que a levou a ser a
única soberana recusando-se a usar a coroa na cerimônia
de casamento, dentro da igreja, alegando que não poderia
usar objeto tão precioso e símbolo da realeza diante de
Cristo, nosso Rei coroado de espinhos. De origem real,
sua maior nobreza foi a santidade, que partilhava com
outras pessoas da família (Santa Edwiges, Santa Inês da
Boêmia, etc.), manifesta especialmente na caridade com
os pobres. Dela disse o Papa Bento XVI: “E como tinha
descoberto realmente a Deus, e Cristo não era para ela
uma figura distante, mas o Senhor e o Irmão da sua vida,
encontrou a partir de Deus o ser humano, imagem de Deus.
Essa é também a razão porque quis e pôde levar aos
homens a justiça e o amor divinos. Só quem encontra a
Deus pode também ser autenticamente humano”. (Da homilia
na igreja de Santa Isabel da Hungria de Munique, 2 de
dezembro de 1981).
- Oração:
Deus, nosso Pai, Santa Isabel foi um conforto para os
pobres e defensora dos desesperados. A ninguém negava
sua caridade e o apoio nas horas difíceis. Colocou a
serviço dos necessitados todas as suas riquezas.
Transformai também o nosso interior, para que sejamos
luz para o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o
seu tempo. Por Cristo Nosso Senhor.
- Amém. |