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- Ambrósio, filho de nobres romanos, nasceu em
Tréveris, Alemanha, em 340, quando seu pai era
governador das Gálias. Recebeu tradicional educação
romana, rica em valores morais e cívicos, pelo amor à
justiça, retidão, probidade, doação às causas públicas.
Aos 35 anos, catecúmeno (na época, o batismo era adiado
até a idade adulta) e governador romano com sede em
Milão, foi à igreja onde se deveria eleger um novo
Bispo, para manter a ordem pública: havia uma
divergência entre os fiéis católicos e os hereges
arianos.
Foi surpreendido com a sua aclamação a Bispo, pelo Clero
e pelos fiéis, por conta das suas elevadas qualidades.
Foi então batizado, ordenado Sacerdote e sagrado Bispo,
apesar de seus protestos, mas reconhecendo naquela
aclamação a vontade de Deus.
Grande organizador e administrador como alto funcionário
do Império, fez o mesmo no episcopado, destacando-se no
campo pastoral, doutrinal, litúrgico, político; extirpou
definitivamente os restos de paganismo no Senado romano,
que ainda cultuava a “deusa vitória”; impôs ao
imperador Teodósio, como a qualquer outro fiel,
penitência pública por tolerar abusos dos seus
legionários que devastaram a cidade de Tessalônica.
Seus escritos, em latim clássico e elegante, atraíam
pela forma e pelo conteúdo, e assim um jovem professor
de retórica, Agostinho, chegou à conversão… escreveu
textos ascéticos, tratados sobre os deveres do clero e
dos fiéis, e quatro obras sobre a virgindade, virtude
ignorada pela moral romana. Também poemas, alguns ainda
constantes do breviário litúrgico. Por tudo isso, é
considerado Doutor da Igreja. Porém, mais do que pregar,
vivia a sua fé: jejuava todos os dias, exceto aos
domingos, e distribuiu seu grande patrimônio aos pobres
e obras de caridade. Faleceu em 4 de abril de 394, aos
60 anos.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
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