VERDADES E FUNDAMENTOS DA FÉ CATÓLICA
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1. DEUS
Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus.
Esta busca se dá através das orações, sacrifícios, cultos,
meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a
Deus, se nunca O vimos?
Podemos conhecer a Deus mediante
Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus
que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz
superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como
podemos falar de Deus?
Nosso
conhecimento de Deus é tão limitado, como também é limitada nossa
linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus através das criaturas
vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo
humano limitado de conhecer e pensar.
De qualquer
forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos
corações, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhança
com Deus. O homem guarda características tão dignas como a verdade,
a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais características não
podem ter outro autor senão o Todo Poderoso. Todas estas
características contemplam, portanto, o Seu Autor.
Assim como uma
obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, também
nos devemos refletir nosso Criador. "Sem o Criador a criatura se
esvai".
Como entender
Deus Criador?
Deus criou o
mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de
Deus que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua
sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinário se Deus
tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Quando se dá um
material a um artesão, ele faz do material tudo o que quiser e
souber. Se este fato confere a este artesão um lado criador, tanto
mais será nada para criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria
desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem.
Uma vez que Deus
pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da
alma aos homens, com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas
ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já
que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a partir das
trevas, pode também dar a luz da fé àqueles que a desconhecem.
Dessa forma, a
criação é uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao
homem; como uma herança que lhe é destinada e confiada.
Entretanto, Deus
transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas
obras. Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o
que existe, Ele está presente no mais intimo das suas criaturas.
Segundo as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele é
maior do que aquilo que há de maior em mim e mais íntimo do que
aquilo que há de mais intimo em mim".
Deus mantém e
sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma.
Não somente lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a
todo instante e lhe dá o livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência
completa em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade,
de alegria e confiança.
Os estudos sobre
Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na
Unidade da Natureza e na Trindade das Pessoas.
Na Unidade da
Natureza, o estudo de Deus é dividido em três partes: a Existência,
a Essência e os Atributos. Cada uma destas características existe em
Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhor
explicadas e compreendidas.
1.1 A
Existência
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a
Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural.
a. Forma
Natural: "Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em
nós mesmos" (São Paulo).
Uma das maiores
comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens
pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade não pode
ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens. Portanto,
segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de
satisfazê-la e este bem é Deus.
O conhecimento de
Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a
Deus, O conhecemos por meio de comparações devido às suas obras,
pois não encontramos na Terra a essência de Deus, mas sim suas
obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe,
como sua causa.
b. Forma
Sobrenatural: "Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido'
ainda que à luz da fé o conheçam muito melhor do que à luz da razão"
(Santo Tomaz de Aquino).
Segundo esta
forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação
sobrenatural que é dada por meio da fé. A comunicação de Deus
conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.
1.2 A Essência
Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são
inseparáveis em Deus. A essência de Deus é compreendida através da
revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.
1.3 Os
Atributos
São as características através das quais podemos conhecer a Deus e
distingui-lo das criaturas. São todas as perfeições existentes em
Deus, como por exemplo:
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Deus é UNO:
a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade
do indivíduo levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em
várias passagens: "Vede que sou Eu somente e não há outro Deus
exceto Eu". (Dt 32, 39) "Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único
Deus". (Mc 12, 29).
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Deus é SIMPLES
(PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de
Deus é entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e
dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima
espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus
atribui a Deus uma figura humana ao chamá-lo PAI e ao mesmo tempo
lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.
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Deus é
IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e
seu amor sem limites. Segundo Santo Tomaz de Aquino: "Só Deus é".
-
Deus é ETERNO:
Deus não teve início e não terá fim. "O Senhor é um Deus Eterno que
criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota". (Is
40, 28).
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Deus é
ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade
de nos unirmos espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condição e
em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que
serve Deus estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso
em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e nós, com nossa
Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.
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Deus é
ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da
onisciência de Deus.
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Deus é
ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com
exatidão esse atributo de Deus: "Para os homens isto é impossível,
mas para Deus tudo é possível". (Mt 19, 25-26) "Pai, tudo Te é
possível". (Mt 14, 36).
Quem não se sente pasmo, surpreso, arrebatado, maravilhado, com a
observação de um céu estrelado e da imensidão do universo?
Tais coisas nada
mais são da que frutos da Onipotência Divina. Quem deu a vida a
estes corpos celestes?
Às propriedades e
forças?
Quem lhes indicou
o caminho e a finalidade?
Baseando-se
apenas nessa observação, como se pode recusar inserir-se na harmonia
desejada pelo Todo-Poderoso?
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2 -
Jesus Cristo |
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Jesus
significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belém, na Judéia, no ano 1
de nossa era. Sua mãe é Maria e seu pai adotivo José. Seus avós
maternos foram Joaquim e Ana.
A palavra
Cristo do latim Christus ou Christos é semelhante à palavra
Messias (em hebraico), que significa Ungido. Portanto, Cristo
significa Ungido do Senhor, aquele que recebeu a Unção com óleo.
O derrame com óleo sobre a cabeça de alguém significava a
consagração de um homem por Deus, como profeta, sacerdote e rei.
A vida de
Jesus, seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos
Evangelhos (Evangelho vem do grego Evangelion e significa boa
nova, boas notícias). É como foi chamada a mensagem de salvação
e de redenção que Jesus trouxe ao mundo.
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2.1 O estilo
do ensinamento de Jesus.
Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente
disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial
que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem
claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre
fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus
sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos.
As parábolas
cheias de vida tirada da natureza ou essência humana são bem
conhecidas e constituíram a principal forma de ensinamento de Jesus.
Elas incitavam os ouvintes para pensar e descobrir diversos níveis
de significados e aplicações.
2.2 Os
principais ensinamentos.
Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas
predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de
Jesus.
A Verdade e
Realidade: A Realidade que Jesus veio proclamar tem sido
traduzida em Reino; Jesus proclamou o Reino de Deus ou o Reino dos
Céus. Não apenas proclamou, mas o inaugurou quando deixou claro que
"Um novo estado de coisas nasceu para o ser humano". Muitas foram às
parábolas contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas Jesus disse:
"O Reino dos Céus é como um mercador em busca de pérolas finas que,
encontrando uma de grande valor, vai e vende tudo o que tem e a
compra".
"O Reino de Deus
não vem como sinais que possam ser observados, nem se poderá dizer:
'Eis o Reino aqui' ou 'Lá está o Reino', pois o Reino de Deus está
no meio de vocês".
Com este tema,
Jesus deixa evidente que temos que estar bem conosco mesmos com
nossos irmãos e com Deus, pois senão não podemos viver no Reino dos
Céus.
A Pessoa de
Jesus: Jesus referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem. Essa
expressão pode apresentar várias interpretações, mas pode ser
compreendida como sendo uma intervenção pessoal de Deus nos assuntos
humanos, não tanto através da figura de um mensageiro, mas sim como
a do inaugurador de um estado de coisas entre os homens em que o
Reino de Deus está efetivamente presente. Uma das passagens em que
Jesus se refere ao Filho do Homem: "O Filho do Homem não veio para
ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos".
2.3 Seguir
Jesus: o preço
Os Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no
deserto em solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a
diversas tentações. Se o próprio Filho de Deus sofreu tentações
quanto mais nós as sofremos!
Entretanto, as
tentações de Jesus podem ser vistas por nós como meios fáceis e
mesquinhos de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as
tentações como tal, ele viu-se face a face com o único caminho, o da
entrega total, sem qualquer recompensa ou retorno: o caminho do Amor
puro e sem sentimentalismo.
Jesus não
oferecia nenhum atrativo fácil. O preço para ser seu discípulo não
haveria de ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vários meios
para transmitir esse fato simples: usou poemas, parábolas e falou
diretamente aos seus discípulos, especificando qual seria o preço
para si e, conseqüentemente, para eles.
Jesus era às
vezes popular ou não. As autoridades de modo geral desconfiavam dele
e o temiam. O povo de Israel não acreditou que Ele era de fato o
Messias Prometido, pois esperava alguém glorioso e poderoso
politicamente para libertá-los dos romanos; queriam um Messias que
lhes desse uma nação livre e poderosa.
Por outro lado;
Jesus era movido pelo amor e pela vontade de Deus. O amor exigia uma
reação amorosa aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura
era clamorosamente ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor
exigia e pedia aos que curava para agradecerem a Deus e ficarem em
silêncio.
Então, seguir
Jesus é uma opção e a livre entrega de si é a única expressão de
amor que existe; Jesus nos quer por inteiro, sem restrições, sem
senão, sem porém. Algumas de suas palavras mostram as atitudes
esperadas de um seguidor de Cristo:
"Se alguém
esbofeteia sua face direita, volta-lhe também à esquerda; se alguém
quer litigar com você para tirar-lhe a túnica, deixe-lhe também a
camisa; se alguém o forçar a caminhar uma milha, ande com ele duas".
"Amem aos seus
inimigos; façam o bem a quem os odeia; abençoem os que os maldizem;
orem pelos que os injuriam".
"Aquele que não
toma a sua cruz e me segue não é digno de mim".
Finalmente,
analisando a vida de Jesus, constata-se que sua idéia-força, ou
seja, o motivo de sua existência era a realização da vontade do Pai.
As primeiras palavras de Jesus relatadas no Evangelho quando ele
tinha doze anos e estava com os Doutores da Lei foram: "Não sabíeis
que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49).
Jesus foi o homem
mais autêntico e mais realizado que existiu sobre a face da Terra
que fez a vontade do Pai e, portanto fez exatamente o que deveria
fazer.
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3 -
Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três
Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
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Pai
que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a
liberdade de seu filho.
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Filho
que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo
da
Virgem Maria
para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado.
Jesus é Deus e as principais provas são:
O
próprio Jesus diz-se Deus (Jó 10, 30; Jó 14, 7; e Lc 22, 67-70).
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não
por meio de Jesus. |
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Espírito
Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e
transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do
Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então
convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do
poder do Divino Espírito Santo: "O Espírito virá sobre Ti..." A
missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do
Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai
que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.
Um fato dos
Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a
morte de Jesus. Foi a descida do Espírito Santo sobre eles que
os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem
anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças
aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e
aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e
na profissão do Cristianismo de cada um. |
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3.1 O Dogma da
Santíssima Trindade.
A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em
três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência
ou a natureza divina. As pessoas divinas são distintas entre si pela
sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito
Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação, ao Filho
atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o
mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida
cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai,
Filho e Espírito Santo.
Pela graça do
Batismo "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos
chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na
Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz
eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos
chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos
segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda
à parte.
4 - Fé
A Fé não é apenas
uma simples crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal a um
Deus pessoa que exige compromisso. O homem é livre para decidir se
aceita ou não a Deus e ao seu convite. Ao aderir a Deus e exercer a
fé, o homem assume o desafio da fé, aceitando também os Mandamentos,
a vivência sacramental e a fidelidade aos ensinamentos do evangelho.
A partir daí, o homem passa a ter um compromisso que irá orientar
toda a sua vida.
Como exemplo de
homem de fé, pode-se citar Abraão, que baseou sua vida e sua
caminhada, bem como suas aspirações, na promessa de Deus, quando a
pedido de Deus saiu de sua terra em busca do local prometido por
Deus (Gn 12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou pedindo-lhe seu
único filho em sacrifício (Gn 22, 2).
Seguir a vontade
de Deus não é escravidão, mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos
Deus em nossa vida, mais livres somos, e só podemos aceitar Deus sem
qualquer limite quando temos fé.
A mensagem de
Jesus demonstra que a fé é o princípio da vida religiosa. Cristo
começa sua pregação exigindo a fé de seus ouvintes: "Convertei-vos e
crede na Boa-Nova" (Mc 1, 15). A norma de salvação é acreditar no
Evangelho e ser adepto de Cristo.
A fé então é um
encontro com Cristo. É uma aceitação tão plena Dele que vai nos
transformando Nele. Acreditar em Deus é colaborar no seu plano de
crescimento, respeitando suas leis. Aceitar a Deus é confiar Nele,
acreditar em Seu amor por nós e deixar que Ele aja em nós.
A fé não se mede
pela inteligência e não é um sentimento ou uma tradição. No
dia-a-dia, a fé é aquela entrega incondicional e amorosa de si a
Deus Pai, Filho e Espírito Santo:
-
Nos entregamos
ao Pai porque somos suas criaturas;
-
Nos entregamos
ao Filho para seguir seus exemplos e viver como filhos
de Deus;
-
Nos entregamos
ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule
na prática do bem.
Crer é dizer sim
a Deus e confiar Nele de maneira absoluta; e a fé nos compromete a
realizar em nós, momento por momento, a vontade de Deus como ela se
manifesta, assim como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão, fazer
promessas, freqüentar eventos religiosos, usar distintivos, não é
necessariamente sinal de Fé. Para responder e refletir:
-
Quem é Deus
para você?
-
Quais são os
atributos de Deus? O que significam?
-
No dia-a-dia é
possível notar a presença de Deus? Como?
-
Como atuar o
mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
-
Quem é Jesus
Cristo para você?
-
Quem é o
Espírito Santo para você?
-
O que você
espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa
mudar sua vida?
-
Você já sentiu
a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
-
Procure notar
quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra
Espírito Santo. Por que?
-
O que é ter fé?
Tenho fé?
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