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no Brasil e no mundo
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«Gaudete
et Exsultate»: Papa rejeita ideia de santidade
dissociada da atenção a quem sofre |
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Abr 9, 2018 - 11:00
Exortação apostólica liga defesa da vida ao amor pelos
pobres e migrantes.
Lisboa, 09 abr 2018 (Ecclesia) –
O Papa Francisco propõe hoje na sua nova exortação
apostólica, ‘Gaudete et Exsultate’, uma maior atenção
aos mais necessitados e à justiça social na vida dos
católicos, que desafia a “reconhecer Jesus nos pobres
e atribulados”.
“Não podemos propor-nos um ideal de santidade que
ignore a injustiça deste mundo, onde alguns festejam,
gastam folgadamente e reduzem a sua vida às novidades do
consumo, ao mesmo tempo que outros se limitam a olhar de
fora enquanto a sua vida passa e termina miseravelmente”,
assinala, no texto dedicado à santidade no mundo
contemporâneo.
‘Gaudete et Exsultate’ (Alegrai-vos e exultai), a
terceira exortação apostólica do atual pontificado,
aponta o dedo à falta de coerência de alguns cristãos
nas propostas éticas e sociais.
“Muitas vezes ouve-se dizer que, face ao relativismo
e aos limites do mundo atual, seria um tema marginal,
por exemplo, a situação dos migrantes. Alguns católicos
afirmam que é um tema secundário relativamente aos temas
‘sérios’ da bioética”, lamenta Francisco.
O Papa sustenta que a “única atitude condigna”
dos cristãos perante a crise dos refugiados “é
colocar-se na pele do irmão que arrisca a vida para dar
um futuro aos seus filhos”.
A exortação apostólica, documento de teor catequético,
desafia as comunidades a promover uma defesa efetiva da
vida em todas as suas etapas, sem desprezar nenhuma.
“A defesa do inocente nascituro, por exemplo, deve
ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em
jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e
exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do
seu desenvolvimento”, assinala.
Francisco sublinha, em seguida, que “igualmente
sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem
na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de
pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos
privados de cuidados, nas novas formas de escravatura, e
em todas as formas de descarte”.
O documento retoma a importância da misericórdia,
conceito central no pontificado, e aponta como
referência de vida espiritual o capítulo 25 do Evangelho
segundo São Mateus, que indica um julgamento divino com
base no que cada pessoa fez em prol do outro.
“Quando encontro uma pessoa a dormir ao relento, numa
noite fria, posso sentir que este vulto é um imprevisto
que me detém, um delinquente ocioso, um obstáculo no meu
caminho, um aguilhão incômodo para a minha consciência,
um problema que os políticos devem resolver e talvez até
um monte de lixo que suja o espaço público”, adverte
o pontífice.
O Papa convida antes a “reagir a partir da fé e da
caridade” e reconhecer no necessitado “um ser
humano com a mesma dignidade”.
“Poder-se-á porventura entender a santidade
prescindindo deste reconhecimento vivo da dignidade de
todo o ser humano”? Questiona.
O texto alerta para o erro dos que separam estas
exigências do Evangelho do seu “relacionamento
pessoal” com Deus, transformando o Cristianismo numa
“espécie de ONG”, bem como para o erro das
pessoas que olham com suspeita para “o compromisso
social dos outros”, considerando-o “superficial,
mundano, secularizado, imanentista, comunista,
populista”.
“Poder-se-ia pensar que damos glória a Deus só com o
culto e a oração, ou apenas observando algumas normas
éticas (é verdade que o primado pertence à relação com
Deus), mas esquecemos que o critério de avaliação da
nossa vida é, antes de mais nada, o que fizemos pelos
outros”, defende o Papa.
OC |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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