Não confundir o site do Terço dos Homens :
www.tercodoshomens.com.br
com o
www.tercodoshomens.org.br
que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
84 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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18. Contra as heresias
O apóstolo Paulo já tinha preocupações com a
integridade da fé das comunidades cristãs. Deixou
advertências contra o risco das práticas judaizantes,
gnósticas e contra alguns que negavam a ressurreição dos
mortos. O Apocalipse de João denuncia duas seitas
gnósticas: a dos discípulos de Balaão e a dos
nicolaítas. Estes últimos amaldiçoavam o Deus do Antigo
Testamento e levavam uma vida libertina. O que é gnose?
A gnose é uma espécie de conhecimento superior,
adquirido de modo direto, intuitivo, das respostas de
todos os problemas que angustiam a alma humana. Todos os
grupelhos gnósticos tinham alguns princípios em comum: a
maldade da matéria e da carne, a infelicidade do homem,
prisioneiro do seu próprio corpo, a existência de uma
alma inferior e manchada pelo pecado, e de uma alma
superior, celestial, em suma: um dualismo da pior
espécie. Os gnosticismo cristão (sim, porque havia
também um gnosticismo judeu - Simão o Mago à frente - e
pagão) possuía uma doutrina bastante complexa.
Acreditava na existência de eões que emanavam de Deus e
que faziam o papel de mediadores entre o mundo e o
Criador. Estes eões eram organizados em classes,
variando dos menos puros aos mais puros. Todas as
classes de eões constituíam o pleroma. No meio da
seqüência de eões, um deles tentou se igualar a Deus e
caiu em desgraça. Colocado para fora do mundo
espiritual, teve de viver com seus descendentes em um
universo intermediário. Revoltado, criou o mundo físico,
essencialmente mal e contaminado pelo pecado. O éon
prevaricador era conhecido como Demiurgo e identificado
com o Deus do Antigo Testamento. O homem, emanação do
éon decaído, contém em si uma centelha da divindade que
aspira ser libertada da materialidade. Mal é estar vivo.
Os que querem viver estão condenados. São chamados de
"hílicos" ou "materiais". Os que buscam a
gnose, os "psíquicos", têm a possibilidade de
alcançar a paz interior. Finalmente, os que renunciam à
vida, os "espirituais", são os únicos capazes de
obter a salvação. Jesus era um éon escondido em um
invólucro de carne humana. A razão de sua vinda era
ensinar aos homens o verdadeiro conhecimento capaz de
libertar, a gnose. Existiu um gnosticismo sírio-cristão,
encabeçado por Saturnilo, e depois por Cérdon. Também
houve o gnosticismo de Basílides, hostil ao deus dos
judeus. Principalmente, em Alexandria e em seguida em
Roma, existiu o gnosticismo de Valentino, que tentava
harmonizar o Evangelho com especulações estranhas. Havia
ainda os cainitas, que louvavam Caim, os ofitas, que
adoravam a serpente do Gênesis, e os seguidores de Judas
Iscariotes, que inventaram um novo evangelho. O número
de seitas era enorme. Temos Marcião, gnóstico "híbrido".
Entrou em conflito com as autoridades da Igreja de Roma.
Saiu e foi excomungado em 144. Tornou-se o fundador de
uma contra-igreja, na qual era dogma de fé a existência
de dois deuses, um bom e um mal. O primeiro, o Demiurgo,
era o Deus do Antigo Testamento: justiceiro, vingativo,
impiedoso. O segundo, o Deus verdadeiro, era o Deus
pregado por Jesus Cristo: amor, perdão, bondade.
Doutrinas tão "amalucadas", às vezes ridículas e às
vezes terríveis, atraíam muitas almas inquietas. Marcião
organizou sua igreja e estabeleceu seu próprio cânone de
livros inspirados, rejeitando tudo o que poderia
contradizê-lo nas Escrituras. Os marcionitas cresceram
tanto que pareciam ter invadido todo o mundo cristão.
Mesmo com sua morte, em 160, suas comunidades
continuaram a existir. Seus sucessores serão
irrelevantes, excetuando Apeles, que diminuirá um pouco
o rigor das teses do fundador. Parte dos marcionitas
passará para o maniqueísmo no século III. Há ainda o
montanismo. No final do século II, Montano, da Frígia,
acreditava ser o único depositário do dom da profecia.
Ajudado por duas visionárias, Maximila e Priscila, que
tinham deixado os maridos para o seguirem, começou um
movimento de evangelização frenético pelas províncias do
Oriente Próximo. O fim do mundo estava próximo, o
Espírito Santo iria aparecer gloriosamente! Montano era
o arauto da Era do Espírito. Tal loucura se espalhou
rápido pelo Oriente, tradicionalmente místico. A
austeridade moral exigida por Montano não espantava em
um lugar que já tinha visto gauleses se castrarem na
iniciação dos mistérios frígios. O martírio era
obrigatório no montanismo. A partir de 170, mais ou
menos, este movimento explosivo se espalhou
vigorosamente pela Ásia e depois pelo Ocidente.
Comunidades montanistas floresciam em muitos lugares. A
controvérsia quartodecimana, sobre a data da celebração
da Páscoa, gerou vários atritos dentro da Igreja. O papa
Vítor (aprox. 189-198) anunciou a ruptura da Igreja
romana com as comunidades que celebravam a Páscoa no dia
14 de Nisã. Muitos bispos não aceitaram o procedimento
de Vítor, e até Santo Ireneu pediu mais tolerância ao
papa. Com o tempo, porém, a posição de Roma prevaleceu.
(para historiadores protestantes racionalistas como
Neander, Langen e Harnack, a atitude de Vítor na questão
quartodecimana indica que o bispo de Roma já possuía, no
século II, jurisdição sobre todas as igrejas). O
monarquianismo, inventado por Teódoto, ensinava um só
Deus e uma só pessoa divina. Noeto, da cidade de
Esmirna, ensinava que o Pai padeceu na cruz
(patripassianismo). Por fim, o milenarismo, que
acreditava em um reinado de mil anos dos fiéis com
Cristo sobre a terra, no qual se usufruiriam de todas as
delícias imagináveis. Pápias era um pouco milenarista.
Como veremos a seguir, levou algum tempo para esta
doutrina ser condenada. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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