Não confundir o site do Terço dos Homens :
www.tercodoshomens.com.br
com o
www.tercodoshomens.org.br
que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
84 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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14.
Os apologistas
De diversas formas, pois, os Padres do Oriente e do
Ocidente entraram em relação com as escolas filosóficas.
Isto não significa que tenham identificado o conteúdo da
sua mensagem com os sistemas a que faziam referência. A
pergunta de Tertuliano: “que têm em comum Atenas e
Jerusalém? Ou, a Academia e a Igreja”? É um sintoma
claro da consciência crítica com que os pensadores
cristãos encararam, desde as origens, o problema da
relação entre a fé e a filosofia, vendo-o globalmente,
tanto nos seus aspectos positivos como nas suas
limitações (Fides et Ratio, n. 41). Durante o século II
um considerável número de gentios com sólida formação
intelectual ingressou na Igreja. O fato de terem aderido
ao Evangelho os obrigava ao confronto com a filosofia
gentílica. Para defenderem a fé dos ataques dos
perseguidores, e também dos detratores, muitos
escreveram obras inteiras de apologética, ficando por
isto conhecidos como Apologistas. Entre os ataques ao
cristianismo promovidos por intelectuais, podemos citar
o discurso do retor Frontão de Cirta, preceptor de Marco
Aurélio, Luciano de Samossata e Celso (com sua obra
polêmica: Alethès lógos, c. de 178). Entre as acusações
contra os cristãos, as mais comuns são a de ateísmo,
assassinato ritual de crianças e traição ao imperador. O
grafitto do Palatino nos mostra um asno crucificado com
algumas inscrições. Um certo Alexamenos, jovem cristão,
é ridicularizado pelo companheiro de estudo:
"Alexamenos adora o seu Deus". Em resposta escreve
ao lado do insulto a frase: "Alexamenos fiel".
Diante da cultura pagã a Igreja assumiria duas posições:
uma de oposição e rejeição (com Taciano, Teófilo ou
Tertuliano, por exemplo), e outra de aproveitamento,
assimilação dos seus aspectos positivos (Justino e
outros pensadores cristãos, principalmente do mundo
grego). A influência de filósofos gregos, principalmente
Platão, sobre os Padres da Igreja é marcante. Entre os
apologistas, citamos Quadrato, Aristão, Milcíades,
Apolinário, Melitão, Aristides de Atenas e Justino.
Também merecem destaque Taciano, Atenágoras de Atenas,
Teófilo de Antioquia, Hérmias e a epístola a Diogneto.
Quadrato foi discípulo dos apóstolos. Apresentou uma
apologia ao imperador Adriano, em 123/124 (ou em 129?).
Aristão de Pela defendeu o cristianismo contra os
ataques dos judeus redigindo o Diálogo entre Jasão e
Papisco sobre Cristo. Milcíades, retor originário da
Ásia Menor, escreveu várias apologias contra os gregos e
os judeus. Apolinário, bispo de Hierápolis, compôs
quatro apologias. Melitão, bispo de Sardes, enviou uma
defesa da fé cristã ao imperador Marco Aurélio.
Aristides de Atenas, um filósofo, redigiu sua Súplica em
favor da religião cristã para o imperador Adriano. De
todos os apologistas aquele que merece mais destaque,
com certeza, é Justino. Martirizado pelo ano 165, era
filho de uma família greco-pagã de Flavia Neápolis,
antiga Siquém, na Palestina. Familiarizado com muitas
correntes filosóficas, não encontrou nenhuma que lhe
desse todas as respostas que procurava. Sua mente e seu
coração só encontraram a resposta na fé cristã.
Conservamos de suas obras duas Apologias contra os
gentios e o Diálogo com o judeu Trifão. A teoria das
sementes do Verbo que ele formulou estabeleceu uma ponte
entre a filosofia antiga e o cristianismo. Em seus
escritos encontram-se valiosas informações sobre o
batismo e a celebração litúrgica. Justino chega a
esboçar uma formulação do dogma da transubstanciação.
"De fato, não tomamos essas coisas como pão comum ou
bebida ordinária, mas da maneira como Jesus Cristo,
nosso Salvador, feito carne por força do Verbo de Deus,
teve carne e sangue por nossa salvação, assim nos
ensinou que, por virtude da oração ao Verbo que procede
de Deus, o alimento sobre o qual foi dita a ação de
graças - alimento com o qual, por transformação, se
nutrem nosso sangue e nossa carne - é a carne e o sangue
daquele mesmo Jesus encarnado". Também é relevante o
paralelo que ele faz entre Maria e Eva, semelhante ao
paralelo paulino entre Cristo e Adão. Taciano foi
discípulo de Justino. Depois do martírio do seu mestre,
deixou Roma e voltou para o Oriente, sua região de
origem. Acabou aderindo à seita dos encratitas, pregando
a abstinência do matrimônio, do vinho e da carne.
Seguindo Epifânio, substituiu o vinho pela água na
eucaristia. Escreveu várias apologias. Atenágoras de
Atenas supera Justino em sua linguagem, estilo e ritmo.
É mais tolerante do que Taciano no que se refere à
filosofia e cultura gregas. Fez uma "Súplica em favor
dos cristãos", dirigida, cerca de 177, a Marco Aurélio e
Cômodo. Testemunha a fé da Igreja na Trindade antes do
concílio de Nicéia: os cristãos adoram o Pai, o Filho e
o Espírito Santo e veneram os anjos. Teófilo de
Antioquia, bispo desta cidade, escreveu três livros A
Autólico, depois de 180. É o primeiro a empregar o termo
triás para falar de Deus. A carta a Diogneto foi
redigida na segunda metade do século II, de acordo com a
maioria dos estudiosos. Um certo Diogneto teria feito a
um cristão três perguntas: 1) Qual a religião dos
cristãos e por que eles rejeitam o judaísmo e o
paganismo? 2) O que é a caridade para com o próximo? 3)
Por que a religião cristã apareceu tão tarde na história
do mundo? |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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