Não confundir o site do Terço dos Homens :
www.tercodoshomens.com.br
com o
www.tercodoshomens.org.br
que é o mesmo
www.tercodoshomensmaerainha.org.br
Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
84 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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05.
As primeiras comunidades cristãs
O que mais impressiona nas primeiras comunidades é o
fervor e a coragem dos cristãos. Diante das autoridades
e dos líderes religiosos do seu tempo, os fiéis não
temem confessar que Jesus é o Messias. A presença do
Espírito Santo é muito viva. Cada igreja local tinha
seus ministros, apóstolos, profetas, doutores... Todo o
fiel recebia de Deus carismas especiais, que devia
colocar à disposição da comunidade (dom de línguas,
sabedoria, cura, ensino...). A atuação feminina era
expressiva, mas não havia confusão entre o papel do
homem e o papel da mulher (a sociedade romana era muito
machista e tratava a mulher como se fosse propriedade do
marido; as crianças também eram desprezadas, podendo ser
rejeitadas ou abandonadas à própria sorte pelo pai -
tudo isto muda entre os cristãos). Em Cristo não há
diferença de dignidade entre grego e judeu, homem e
mulher, escravo (a sociedade romana era escravocrata) e
livre. Todos se reuniam para celebrar a eucaristia (ou
fração do pão) especialmente no domingo (que substituiu
o sábado como o sétimo dia dos cristãos, por causa da
ressurreição do Senhor), oravam em comum, partilhavam
seus bens, ajudavam os pobres. O rito de iniciação
cristã era o batismo, no qual os efeitos da morte
redentora de Cristo eram aplicados sobre o crente. Havia
ainda a imposição de mãos, ou Crisma, através da qual o
fiel confirmava o seu compromisso e assumia uma missão
na comunidade, e a unção dos enfermos, que servia para
curar e confortar os doentes. Uma fonte importante sobre
a vida das comunidades cristãs do final do séc. I e
início do séc. II é a Didaqué, ou Instrução dos Doze
Apóstolos, uma espécie de catecismo primitivo. A
primeira parte da Didaqué apresenta os dois caminhos que
o homem pode escolher: o da vida e o da morte. Seguem-se
orientações para a conduta dos fiéis e exortações. Na
segunda parte há uma descrição da vida sacramental e da
oração. O batismo é feito em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo e, quando a imersão não é possível, a
água pode ser simplesmente derramada três vezes sobre a
cabeça de quem vai receber o sacramento. Os crentes
devem jejuar duas vezes na semana e rezar o Pai Nosso
três vezes por dia. A celebração dominical (Missa) é o
sacrifício verdadeiro que cumpre a profecia de Ml 1,10s.
Antes de se realizar a fração do pão os fiéis fazem uma
espécie de ato penitencial (exomologese). A Didaqué
também fala de apóstolos, profetas inspirados pelo
Espírito Santo (os quais chama de sumo sacerdotes) e
mestres que percorrem as igrejas. Bispos e diáconos são
escolhidos pelos fiéis, com a mesma dignidade dos
profetas e dos mestres. Por último, adverte contra os
"falsos profetas e corruptores", e contra o anticristo
que virá quando o fim estiver próximo. Aqueles que
perseverarem na fé durante a grande tribulação serão
salvos. Depois que os céus se abrirem, após o soar da
trombeta e a ressurreição dos mortos, "o mundo verá o
Senhor vindo sobre as nuvens do céu". Sobre a
penitência, já lemos no evangelho de João (Jo. 20,
21-23) que Cristo conferiu aos apóstolos o poder de
perdoar pecados. Paulo, em sua primeira carta aos
Coríntios, condena um caso de incesto e excomunga os
responsáveis, esperando que com isto eles se arrependam
e retornem para o Senhor. Na epístola de Tiago há uma
exortação para a confissão dos pecados (Tg. 5, 16-18).
Há casos, porém, de faltas graves para as quais se
hesita em reconhecer a possibilidade de remissão (Hb
10,26ss; ver também a distinção que o apóstolo João faz
entre pecados que levam à morte e pecados que não levam
à morte, 1ª Jo. 5, 16). Quem renega a fé não encontrará
misericórdia para seu crime, segundo o autor da carta
aos Hebreus. Os primeiros cristãos eram geralmente gente
simples, das camadas sociais mais baixas. Exteriormente
não se distinguiam das outras pessoas do seu tempo, mas
viviam de modo honesto e digno. Procuravam ser
obedientes às autoridades e oravam pelos governantes. À
frente de cada comunidade havia epíscopos, ou então um
colégio de presbíteros. Havia também diáconos, que
cuidavam da administração e da distribuição dos bens
entre os necessitados. Tanto os epíscopos como os
presbíteros e os diáconos eram ordenados através da
imposição de mãos. Esta estrutura ministerial, ainda não
muito precisa, deu origem à hierarquia da Igreja tal
como a conhecemos hoje. Com Santo Inácio de Antioquia as
coisas ficarão mais claras: ‘que todos, assim como
reverenciam Cristo, reverenciem os diáconos, o bispo,
que é a imagem do Pai, e os presbíteros, que são o
Senado de Deus, a Assembleia dos Apóstolos’. No início
do século II, este regime se imporá naturalmente entre
as igrejas da Ásia. O que não se pode negar é que, desde
os seus primórdios, a Igreja possui uma constituição
hierárquica, formada pelos apóstolos e por Pedro, e que
esta constituição foi transmitida sempre e
ininterruptamente através do sacramento da Ordem. Os
apóstolos fundaram comunidades e ordenaram pessoas para
presidi-las. Estas, por sua vez, ordenaram outras como
sucessoras, e o processo prosseguiu em uma cadeia
contínua que permite ligar cada bispo, cada padre, cada
diácono da Igreja de hoje aos apóstolos e, dos
apóstolos, ao próprio Jesus Cristo. De modo particular,
o bispo de Roma é o sucessor do apóstolo Pedro e,
portanto, responsável por garantir a unidade e a
integridade da fé da Igreja. Outra característica
relevante dos primeiros cristãos era a ansiedade pelo
retorno do Senhor, a Parusia. Pelas cartas de Paulo
vemos que a volta iminente de Jesus era crença comum.
Nas assembleias litúrgicas ouvia-se frequentemente a
exclamação cheia de esperança: ‘Maranatha! Vem Senhor
Jesus’! Com o tempo percebeu-se que a vinda de Jesus não
era tão iminente. O cristianismo se aproveitou da imensa
rede de estradas que interligava o Império.
Desenvolveu-se principalmente no meio urbano. De boca em
boca, através de escravos, mercadores, viajantes, judeus
helenizados, artesãos, a Boa-Nova ia chegando aos
lugares mais distantes. O Império de Roma tornou-se,
logo, a “pátria do cristianismo”. |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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